Passei algumas horas – minto alguns minutos – para lhe escrever esta carta. Juro não saber por que comecei tão formal, porém as coisas pareciam claras em minha mente, mas embaralhadas como aquele velho quebra cabeça que montávamos. Lembra-se? Nele faltava uma peça. Não sabia o que significava, hoje entendi que aquela amizade – ou amor, chame do que quiser – não estava completo, sujeito a falhas, estragado, perdido… Essas palavras devem doer ai, suponho. Já que fazíamos juras e juras de amor eterno. Éramos mais que dois amantes, éramos amigos. Porém como uma vez já ouvira esse enredo só possuía provas de amor, mas não existia o amor. Aqueles sorrisos, aquelas brincadeiras, as mordidas, os filmes, tudo só fazia parte de uma amizade bonita, completa, forte – duradoura? Houveram falhas, você tentou trocar as peças velhas por peças novas de um outro quebra cabeça, como um bebe que não entende que quando as coisas vão bem, não se mexe nelas. Agora veja nós, passamos um do lado do outro como completos estranhos, no máximo uma brincadeira boba, uma troca de olhares, um sorriso bobo de quem sabe que poderia ter sido diferente.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
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