Doeu. Meu Deus, como doeu ter visto aquilo. Por dentro eu estava um caco, completamente destruída e frágil. Por fora estava uma armadura, forte e inquebrável. Engoli a seco, estalei e aquele nó ficou lá mesmo, entalado. Quis gritar, mas somente sorri. Fiquei com aquilo preso dentro de mim o dia inteiro, aquele nó me sufocava a cada minuto, a vontade de sumir aumentava e era devastadora. Mas a noite, fiquei ali, dentada na minha cama, e mesmo eu tentando dormir e não lembrar mais daquilo, aquilo ficou martelando na minha cabeça, inevitável, veio uma lágrima, duas, três… E aí você sabe como é. Fiquei quietinha, chorando baixinho até pegar no sono e no dia seguinte acordei com um sorriso no rosto e percebi que mesmo passando a madrugada inteira chorando, aquele nó na garganta, aquele grito abafado e aquela vontade de sumir, na verdade, só fizeram aumentar cada vez mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário