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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Já amei. Amei tanto, tanto, tanto, que me esqueci. Das minhas loucas tentativas de ganhar amor, acabei perdendo. Acabei me perdendo. Perdendo minhas coisas, minhas obrigações. Sabe aquela obrigação que a gente tem de se amar? Pois bem, eu tinha perdido. Das minhas loucas corridas pra ganhar amor. Acabei me cansando. Não ganhei troféu, nem medalhas, nem aplausos. Apenas dei. Dei, dei, dei, dei. Dei tanto que perdi tudo. Tudo mesmo, até aquilo que bate lá dentro sem gritar, aquilo que susurra pro resto do corpo quando a gente recebe amor, e o corpo retribui com um toque leve da alma, e alma sente, arrepios! Pois bem, cansei de amar. Cansei de amar sem ter, sem ganhar. Cansei de tentar ter. É que quando a gente ama, a gente não precisa tentar tanto. A gente tem, a gente ganha, a gente dar, sem quase perceber. Já amei, e foi bom! - Não, não, tô brincando. Não foi bom. Foi ruim, sem gosto. Foi pesado. Simplesmente me perdi, e pra me encontrar foi difícil. Mas eu me encontrei. A vida fez uma tatuagem com tintas do tempo, que cobriu as marcas feias deixadas por um passa-tempo.

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