De repente olhamos pra dentro de nós e
a única coisa que enxergamos é esse borrão de sentimentos que nos cobre
por inteiro. Não cabe a nós tentar apagá-lo. A gente nunca se acostuma a
perder o controle sobre o que sentir, quando sentir ou como sentir, mas
é nesse momento que a gente se depara com caminhos pelos quais nunca
pensamos que íamos passar. Então a gente começa a perceber que o que
desejáva-mos não era o suficiente e que podemos ir mais além. Por mais
estranho e nebuloso que seja o caminho a gente arrisca e arriscar é
completamente normal. Normal porque já nos acostumamos a fazer as coisas
por impulso. Por mais que tentemos mudar, no final das contas a gente
sempre acaba voltando pro mesmo lugar. Aquela velha dor no peito não nos
deixa esquecer e, pra falar a verdade, nem sempre a gente deseja
curá-la. Não faz sentido, mas quem já sentiu entende.
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