Páginas

terça-feira, 31 de julho de 2012


Eu, a garota triste que sempre estava com um livro na mão. Ninguém nunca entendeu o porquê de tanto eu ler. Eu explicava ´´eu gosto de ler, apenas´´. Livros de romance, ficção, drama, tudo que me interessava eu lia. E não era só porquê eu gostava de ler, tinha mais coisa por trás disso. Sim, eu sempre fui a esquisitinha, a tristinha, e varias outras palavras que terminem com ´´inha´´ que você poder encontrar. E eu não queria ser assim, ninguém quer. Li um livro, depois outro e mais outros. Nunca consegui parar. O livro me salvou quando ninguém queria me ajudar, eu tinha companhia quando ninguém queria ficar comigo. E sempre foi assim nos últimos anos, o livro foi o melhor remédio pra minha tristeza. Quando eu lia esquecia de mim por um tempo, não me lembrava de quem eu era e nem o porque de o mundo estar desabando. Tem gente que fala que estou perdendo tempo com meu livros e que a melhor época da minha vida eu passei dentro da minha casa lendo um livro estupido, não digo nada, sabe porque? Ninguém entende. As pessoas são estupidas demais e acham que o melhor da vida está em uma festa, é beber até cair no chão e acordar com ressaca, é dormir com alguém que acabou de conhecer e amanha dormir com outro, é ter roupinha da moda e dinheiro na carteira, felicidade pra gente estupida é isso e quem se isola é infeliz. Que seja. Quem já leu A Menina que Roubava Livros sabe como as palavras, os livros e a escrita salvou a vida da garotinha Lísel e também salvou a minha. Para cada tristeza uma palavra, para cada dor um livro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário