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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

É muito óbvio que eu sou fraca, é realmente óbvio toda essa minha insegurança, tu sabes, sempre soubestes que é você, sempre é você, isso por um momento soa clichê, e por que sempre a mesma pessoa? Meu Deus, sempre a tal pessoa. É uma pena não a ter, isso é triste, triste o bastante pra me deixar mal o dia inteiro, a semana inteira, o tempo todo. Não, isso não é o mais triste, o mais triste é que tu não se importa, nenhum pouco, e o mais triste é ouvir isso de tua boca. Mas nos dávamos tão bem, não era amor? Nós éramos perfeitos, uma pena que durou tão pouco. Eu tomava tuas dores, mesmo não as querendo. Eu sentia teu amor, mesmo não o tendo. [You could be my someone] Você poderia. Só que simplesmente não adianta isso de me guardar, pra te esquecer. Fugir de ti, como se isso fosse trazer o meu bem. Nunca trás, é verdade. Nunca trás. Porque toda vez que você vai embora, você acaba voltando e sinceramente, eu acho que não sou eu que faço você voltar. É o cansaço. Porque quando você parece desistir das outras pessoas, você volta à mim e me fazer sentir aquelas velhas sensações. Que me devastam, e até parecem queimar dentro de mim. É sem sentido, nada parece se decifrar. Poderia ser mais fácil, não é mesmo? Você poderia apenas ficar, o que tornaria tudo, talvez, ainda pior. Não adianta mesmo, eu fico frágil com você aqui. Se você for embora, eu vou querer saber notícias suas, eu sempre quis. Mas não posso, não mais. Você se sente seguro o suficiente pra dizer "Eu a tenho". Eu não. Eu acho que na verdade, eu não sei nem o que é isso. [I’ve got to be honest, I tried to escape you but the orchestra plays on, and they sang] Eu quero sair disso que desgasta todos aqui. Às vezes é como um choque, vem bem rápido, mas eu posso te dizer, é uma das piores dores de todas. Você some, e é isso que acontece. Fica, por favor. Ou vai de uma vez. Afinal, já se tornou tão cansativo isso tudo aqui. Cada dia que passa, o meu coração vai ficando mais frio, parece que quando você o toca, sua mão vai congelando, sabe? Foi a dor, de todos esses tempos. E em partes, você que causou isso. Minto, foi em todas as partes. Porque eu quero demais de você e eu erro tanto. Mas não por mal, eu não precisaria de testemunhas pra te provar o quanto quero teu bem, porque eu sei. E isso não importa, agora, pelo menos, não. Eu só queria entender porque tudo começa e acaba assim, tão dolorosamente. Porque és tão frio, por um lado e reclamas de mim. Você vive à dizer, e não cansa. [But you can take the bluest sky and turn it great] Como você sempre fez. Não me culpe. Eu precisava de você e ainda preciso, não é mesmo? É isso que meu coração insiste em dizer todos os dias. Às vezes sinto que você quer me abraçar, mas é tudo mentira. Não é os meus braços que você quer, mas o meu desejo são os teus. Eu queria poder morrer ao teu lado. Sai necessidade. É isso que eu imploro todos os dias da minha vida, somente pra esse tormento parar. Engraçado, não é mesmo? Como se fosse adiantar alguma coisa. Eu já fiz de tudo, mas você não sai de mim. [You know I'm gonna find a time to catch your hand and make you stay]. Te entendo por julgar-me uma pessoa bastante fechada, fria, e como dizes "sem sal", te entendo, mas não posso mudar, eu sou assim mesmo, e tu sabes, eu não mudo fácil. E mesmo com esse meu jeito todo errado, incerto, inseguro, eu preciso de você, á todo momento, apenas queria que precisasse de mim o tanto quanto preciso de você, queria poder ser o melhor pra ti, sério mesmo. Queria ser a tua garota, e mesmo sendo tão cheia de defeitos e imperfeições, por você, eu tento ser perfeita, tento ser menos complicada e ciumenta, tento controlar essa minha vontade de ti, e por favor, me perdoe, perdoe-me por estragar tudo, tentando te fazer feliz. Me desculpe por ter essas minhas manias insuportáveis, vou te confessar, não quero te perder, não quero nem pensar nisso, e, em pouco tempo tu se tornastes o que muitos não se tornaram em anos. Eu pensei que conhecia a mim mesma, mas de alguma forma você me conhece mais, e eu nunca desconfiei disso. Sempre quando estamos juntos eu me sinto protegida e cheia de poder fraterno, mas o que adianta se você vai me dá as costas alguns segundos e só voltar depois que cair como um fracote. E eu ainda continuo estupidamente presa nesse lance de um "nós" que só fode com a minha cabeça. [Whenever we are twoI don't know who I'd be If I didn't know you] Entao, repito pra mim mesma todos os dias que não posso te perder, porque, te perder seria como me perder também. Eu já sou tão dependente, tão necessitada da sua presença. Que um dia longe de você já seria o suficiente pra acabar comigo. Porque sempre acaba. E eu me perco, não consigo entender essa onda de sentimentos viciosos em você. Sai, entra, sai entra. Que hábito estúpido. Eu quero entender. Mas você tem outro alguém? Com mais qualidades do que eu? Isso parece tão importante, qualidades. Eu só quero te ver bem. Admito que queria do seu lado, mas te ver feliz, basta. Sério. Você desistiu de vez? Está a procura de outra pessoa? [I hope you find it, cause i could not find it me] Porque à procura cansa. Fica comigo, me diz que nunca vai me abandonar e cumpre isso. Todo meu jeito pode te afastar, me afastar. Tudo isso, mas a verdade é, que eu te amo. Talvez todo esse drama que dizes que eu sofro seja apenas minha forma de lhe falar que eu nunca pude supor que existiria eu sem você, e vice-versa. Minha forma de dizer eu te amo em silêncio, mesmo que impossível ouvir-me. [But now its far too late she's gone away] No nosso caso quem esta indo é você, por que eu pensei que fosse mais fácil se desapegar, seria mais fácil ouvir melodias e ao menos me torturar contigo no pensamento. Pensei que seria mais fácil chegar em casa e não lhe ver. […] Mas o que faltou? Diga-me eu farei por ti, eu serei alguém que você possa amar. [In another life, I would be your girl. We'd keep all our promises, be us] Só diga que me aceitas, só diga que tirará esse peso da minha cabeça, esse fardo do meu peito. Pois eu já não sei se quero, ou se devolvo. Porque de todas às vezes que disse: Vou te esquecer. Eu falhei. É estupido saber que você não é o único, mas insistir que eu preciso de você, e mais estupido é passar por isso sem poder negar os sentimentos. Por ai dizem "Garota, você está perdendo seu tempo" e meu novo apelido é "sua idiota". Você não quer o mesmo que eu quero, e eu sou burra por pensar que ainda pode dar certo mesmo sem possibilidades. É bobeira minha continuar esperando, porque mesmo quando eu estiver ido não vai fazer diferença, você vai me procurar e vai me achar ferida e tão só. Você sempre me julgou por não me apegar, por não se apaixonar e por não precisar de ninguém. Mas agora você sabe que é você o meu parasita, você se convenceu que sempre tem chance e sempre eu vou me render. Eu fico com esse papel de decepção, que sempre te acolhe quando viram a cara pra você, quando te deixam como zé ninguém. Uma metade de mim te ama e não é nada clichê, mas a outra ainda te ama também, mas tem dúvidas e medo. Nada do que eu falo te importa, nada do que eu faço te anima, e mesmo assim eu sempre me rendo ao ver você de longe. [Is it naive to make plans that seem so far away?] E quero te perguntar mais uma vez: É ingênuo fazer planos que parecem estar tão longe? É ingênuo acreditar em sonhos que nunca irão realizar? É ingênuo por todas as minhas expectativas em alguém que não faz nada em relação a mim? Digo, é inútil por fé em todas n-o-s-s-a-s promessas, já que não fazemos nada pra realizá-las. E sinceramente, por mim, eu largava tudo, agora mesmo, e iria atrás de você, saber como estás, como se sente, bateria em tua porta e falaria tudo que está entalado em minha garganta. Eu iria. Se fosse possível, e se houvesse alguma esperança ainda em nós. Ou, se valesse mesmo a pena, se mudasse algo em relação a gente, eu com certeza iria. Mas, do que iria mudar não é mesmo? Nem que eu falasse um milhão de vezes que preciso de ti, não mudaria nada, nunca muda. Afinal, eu iria até você, se valesse a pena, nós iríamos fazer tudo de novo, mais uma vez, mesmo que fosse uma vida inteira, se valesse a pena, iríamos ser felizes novamente. Só que, dessa vez seria mais forte, mais intenso, melhor. Mais responsável, mais maduro. Mas não tem, não existe nenhum sinal de que pode dar certo novamente, e isso me fere, porra, me fere muito. Porque eu procuro e não acho nada que me faça voltar atrás. Vou te confessar, procuro um pouco de nós dois, escondido por aí, pelos baús de velharias e esquinas da cidade, procuro algo que me faça lembrar o que éramos, e o que iríamos ser. Mas agora tanto faz. E não te digo? Não vai adiantar mesmo, nunca mais. Entenda. Como se eu tivesse que convencer você disso. Eu que tenho que entender, mas isso me destrói lentamente. Tentar entender essas razões incontroláveis. Você não se importa, e então, eu deveria fazer isso. Mas tudo muda, assim, de repente. E eu fico com exaustão. É, talvez essa seria a palavra certa pra dizer tudo que venho consumindo. [And my burden to bear is a love I can’t carry anymore] Não quero mesmo, não carregar isso. Me provas a cada dia mais o quanto o amor é estúpido, e não te culpo. Nem me culpo. Mas é que dói tanto, sabe? Dói muito. Dormir todas as noites sem saber que você não sentiria a metade da vontade que sinto de te abraçar, te ter. Porque eu sonhava com nosso futuro. Com você, do meu lado, à todo instante. Mas tende a me golpear sempre isso de que você nunca sonhou conosco. E se sonhou, não foi como eu. Porque essa ausência de retribuição me toca tanto. Isso não é só comigo, mas porque é, e em relação à você, parece como um vulcão estrondoso de tanta condolência. Isso mesmo, mas por mim. Dor por mim. Porque é o que eu sinto. E sabe todas aquelas vezes em que eu disse que eu não te queria nem um pouco perto? Eu menti. [I thought I was protecting you]. Eu pensei que estaria fazendo o melhor, o melhor pra nós dois. Confesso-te que sou precipitada mesmo, que eu tenho essa minha mania de achar que não preciso de ninguém. Porque é estúpido mesmo, o que chego à falar e fazer. Porque é sem sentido mesmo. Sempre foi e porque não continuaria sendo? Era pra eu poder simplesmente apertar algum botão e fazer mudar tudo, como nos sonhos que eu pareço escolher. Imagina, ter um controle. Um botão vermelho e um verde. O vermelho faria eu sumir de todas as formas para que ninguém da minha convivência me encontrasse. O mais longe possível, em paz. E o botão verde? Ele poderia trazer você até a mim e fazer você sentir o que sinto por você. Você não iria sofrer. Mas meu bem, é forte. Eu te digo com toda certeza, é forte isso que sinto por você. [I wish I could bubble wrap my heart in case I fall and break apart] E imagina, como seria mais fácil? Ou iria esconder mais a mágoa. Se é que se pode chamar isso de mágoa. É que eu sempre quis tentar ser perfeita pra você e acabo fazendo a merda de vez. E eu tentava de novo. E de novo. Você parecia nunca me notar. Ou notava e fingia. Mas, então, seria um fingimento muito bem feito. E não era isso que eu faria também? Disfarçava? Porque sempre que você me vinha com um assunto que não era do meu interesse, eu me importava. Mas então você vinha com aquela conversa que, eu acho, que você tinha a completa certeza de que iria me irritar. Que iria me fazer me roer de ciúmes. E eu tentava esconder, sempre. Os ataques que eu tinha, que você cansava, por um acaso, eu já estava ficando farta, imagina então, você. E todas as minhas explicações estavam cansando também. Pra mim, pra você. O que é nunca ser entendida? E guardar o máximo toda à turbulência? Então. [We gotta make this work] Porque não faríamos tudo valer a pena de novo? Porque na verdade bem verdadeira, sabe, lá no fundo? Nunca valeu. Me responde se pra você valeu, ou iria valer. Certo, não. Porque não funciona, não mais. Mas eu confesso que esse meu querer ainda parece insistir. Por sua causa. Tudo é por sua causa. Que droga. Eu não quero reclamar mais isso comigo mesmo. Cansa chorar. Sabe, quando você chora tanto que parece que seu rosto fica pregado? Então. E meu estômago dói também. Dói em pensar que você pode nunca mais aparecer em minha vida. Ou por incrível que pareça, que possa passar todos os dias aqui, comigo. Porque você se tornou essencial. Mas, porque você se tornou essencial? Não quero mais perguntas. Será que já não basta o tanto de dúvidas que carrego dentro desse meu coração rude? E olha lá, outro questionamento. E sabes, quando me perguntam se essa dor nunca vai acabar, se ainda vai insistir. Então, parece como em uma prova. Quando há uma pergunta e logo em seguida vem "Justifique sua resposta", mas você não sabe. Não tem noção e acaba respondendo com um simples não. Mas você tem a completa compreensão que vai errar. E por mais um longo fim, estamos na mesma, nunca saímos desse barco afundado, dessas mesmas palavras. Nunca fomos tão o que achávamos que éramos. Neste meio tempo, simplesmente acabamos percebendo que nada foi tão conquistador, nem mesmo os sorrisos verdadeiros, mas agora lhe pergunto? Era isso que esperava de nós? [You know I've been thinking about it for a while] Foram tantas hipóteses e eu posso denominar isso uma grande incógnita. Dissipei-me por demais nesta nossa confusão, e pensar que já fomos tão certos. Ou era uma daquelas ilusões. Mas o tempo mudou, a era é nova, o que você costumava ser já não é mais. Eu também mudei, melhor ou pior, só posso dizer que não nos agradou. E essa movimentação drástica fizeste eu cair, e o pior: Não ter a sua mão para me reerguer. [Your arms around me tight, everything it felt so right. Unbreakable, like nothing could go wrong] Amor, quanto tempo exatamente vai durar isso? Porque, entenda, eu não estou mais aguentando essa abstinência de você, estou fraca, com os olhos vermelhos, a pele pálida e a boca seca. Preciso de você aqui, nas minhas veias, nos meus lábios, no meu corpo. Preciso de você aqui me aquecendo de novo desse inverno sem fim. Odeio ser assim dependente e sem atitude quando se trata de você, odeio seguir a regra de coração apaixonado, e odeio o fato que você existiu pra mim.[We found love in a hopeless place] Eu sei que cederei aos meus sentimentos, eu sempre desculpo as suas intenções e sempre fui errada por aceitar seu jeito irônico. Sabe o começo? Sabe as promessas? Sabe os sentimentos reais? Queria entender porque você mudou, queria entender qual o motivo da sua revolta por dentro. Eu sempre disse que sou teimosa e que eu nunca desisto, e você me diz que sou teimosa e estou amolecendo. Você diz que me conhece totalmente, e eu tenho certeza que sim, porque você já sabe que eu vou te aceitar repetitivamente. [Oh, you’re in my veins, and I can not get you out] Tu sempre fostes o meu problema, sempre fostes minha incógnita, minha conta não-resolvida. Mas obrigada, agora eu tenho inspiração até de sobra. A dor me inspira. Acontece o mesmo com você? Digo, sentir e escrever? Sei que queres saber como estou, como me sinto. Vou te responder, estou normal. (nor.mal: Ficar em casa lendo romances compulsivamente e me odiando por não ser tão corajosa e autoconfiante quanto a heroína do livro. Deitar na cama e sentir a tua falta, fechar os olhos e sentir a tua falta, abrir os olhos e sentir a tua falta, respirar e sentir a tua falta, não respirar e sentir a tua falta. Me odiar por sentir a tua falta, sentir a minha falta e te odiar. Acabar odiando nós dois. Ter vontade de gritar, ter vontade de bater na porta da tua casa, ter vontade de te beijar, ter vontade de você. Dormir. Pensar em você) [Everything is dark. It's more then you can take] Nada mudou, mesmo sabendo que tudo está completamente diferente. Sem ao menos perceber, deu tudo o que tinha que dar. Nos perdemos tão facilmente, e nesta de idas e vindas, acabei ficando para trás quando seguias teu caminho. E eu não quero mais ficar para trás. Porque é tão doloroso. Decepcionante, e em vez de eu tentar me fortalecer mais por estar tão mal, eu pioro. Porque você não está lá pra me ajudar, pra me segurar. Essa tua mania de desaparecer, me largar. Tu cansas tanto de mim, mais do que eu própria me canso de ti. Existe isso? E olha, com esse meu jeito de achar que não preciso de ninguém dizendo o que devo e que não devo fazer, que não preciso de ninguém perguntando se estou bem, de como dormi, que não preciso de ninguém comigo o tempo todo, não preciso desse clichê, dessa bagunça, eu já sou confusa o bastante, não preciso de mais confusão, fico aqui como uma estúpida apaixonada, querendo respostas concretas pra sentimentos tão abstratos. Eu sempre te dou uma chance de estragar com o meu coração, mesmo precisando do seu ar extraordinário de sentimentos. Eu não compreendo, porque você me faz derramar lágrimas, e só você consegue arrancar gargalhadas de repente. Me disseram que recuar a você seria pura perda de tempo, e talvez estivessem certos, porque você nunca recuou a mim, você só precisou quando ninguém te acolheu. [Like I’m stupid still love you] E você ainda insiste várias e várias vezes tentando me dizer mentiras, talvez crente que eu não conheça as suas artimanhas e armadilhas, e por mais que eu fique presa nelas eu ainda sei o perigo que você me passa. Eu tenho de aprender a ficar sozinha, tenho de me acostumar. Mas aí você chegou, e confesso que te odeio um pouco mais todos os dias por ter me deixado mais confusa, mais bagunçada. E o problema foi que eu amei-te em excesso, me apeguei a ti e tentei te encaixar em um lugar que nem nos cabia direito. Te coloquei em primeiro lugar, te dei todo meu amor, mesmo quando tu não estavas merecendo. E por que, amor? Justo eu, uma pessoa tão errada, desajeitada, fria, insensível, que tento me afastar de todo mundo, logo eu que pretendia te substituir por outras pessoas, que pretendia nem me aproximar muito de você. Eu, que era tão independente, me vi precisando de ti. Dói confessar pra mim que preciso-te. Então, me vi perdida, novamente, me vi na cega, me vi tão em pedaços, tão insatisfeita. Me vi incompleta, me perdendo aos poucos. [Here I am, with all my heartI hope you understand]. Espero que entenda, que eu sei, sei que te decepcionei, sei que fui embora, sem dar explicações, sei que te deixei aflito, e entenda, entenda que não vou cometer o mesmo erro novamente, até porque, tu não me darás esta oportunidade. Mesmo negando, mesmo se afastando de ti, mesmo querendo tua distância, quero te ter. Você me fez querer mudar, querer ser diferente desse meu jeito arrogante, grossa, orgulhosa, fria e insensível, você me fez ser o que você queria. E sabe? Eu preciso de ti, preciso mesmo, mesmo negando, preciso de teu carinho, dessa nossa confusão, dessa nossa bagunça, desse nosso jeito errado e certo, ao mesmo tempo. Preciso. Mas não é assim tão fácil. Tem dias que eu simplesmente saio de casa, por pura obrigação, abro um sorriso um tanto que misterioso no rosto e pronto. Como se fosse tudo normal, tudo simples. Mas eu tentava deixar bem claro pra mim que eu não podia me enganar de novo. Quando eu falava pra outra pessoa que gostava muito de você, amava muito você, eu não mentia. Isso ainda existe. Eu falava com um sentimento tão animoso e valente, sabe? Era incrível. E no decorrer disso tudo, isso está acontecendo agora conosco. [I'm smiling but I'm dying trying not to drag my feet] Isso mesmo, arrastar meus pés. Essa é a vontade que eu tenho, uma vontade louca que eu tenho. Eu nunca planejei nada disso, na verdade a situação que nos encontramos não é exatamente a que eu planejei. Eu achei que agora estaríamos em um parque, ou no teu apartamento empoeirado, ou viajando pelo mundo, ou… não sei, fazendo qualquer coisa, mas fazendo qualquer coisa juntos. Imagina, nossa primeira mudança. Imagina só. Conseguíamos conversar sobre isso. Era tão bom. Seria tão bom. Eu pulando em tuas costas, você me derrubando, me empurrando até a pequena varanda e quando minhas costas estivesse prestes de um fio para eu cair, você iria me puxar pelo pescoço, me fazer levar um tombo e iria rir de mim. Nosso café da manhã ia ser rápido. Eu iria acordar, você já teria voltado da padaria, colocado nossos sanduíches pra ficar pronto, e iria sorrir pra mim. Eu colocava nossos copos, e já enchia eles com o suco de laranja que você tinha feito. Eu estaria usando uma camisa sua e a música que você tinha colocado no som, eu iria aumentar e começar a dançar. O que você faria? Primeiro, abaixar a cabeça e sorri. Depois, iria dançar comigo com aquele seu jeitinho bobo. Mas por que não é assim, não vai ser assim? [And if you should ever leave me I will crumble] Eu realmente espero que você nunca me deixe, que nunca esqueça o amor que eu atribui á ti, espero que não esqueça nossas noites conversando, nossas risadas longas, de nossos momentos de alegria, de nossos momentos de tristeza também, lembra quando eu te protegi? Lembra quando eu cuidei de você? Eu lembro. Lembro cada detalhe, cada momento, lembro de nossas promessas, lembro de tudo, amor. Daqueles telefonemas com poucas palavras, ou, até demais. Eu lembro sim. E eu queria daqui em média 15 anos, poder contar para os vizinhos assim que voltasse da caminhada, como você se deu bem naquele jogo besta de futebol que você tanto queria ganhar dos seus amigos. E daqui à 60 anos, contar pros nossos netos, como houve tanta insistência na nossa história, e eu iria rir. Não sei porque, mas eu iria rir muito. Mas e o agora? Como vai ser? Eu quero ter a certeza de você, do que sentes, amor. Tudo mudou tanto. Algumas coisas, tentamos mudar tanto e permaneceu. Outras, mudamos por sem querer. Mas e você? [Will you stay? Will you stay away forever?] Porque eu não tenho o mínimo conhecimento exato de onde você está em relação à minha frágil pessoa, agora. Porque a cada novo passa que eu dou, eu pareço mais perto de você. Mais perto da saudade que tenho de você. Ou mais perto da desistência que quero ter de você. Mas amor, se decide. Porque eu não consigo me decidir. Nós planejávamos tanto, lembra? Eu nunca imaginava que estaríamos assim agora. [If you are an explosion, I won’t search for shelter] Eu não me conformo por estarmos assim, amor. Não era para ser isso, meu Deus, desde quando isso é o certo? Eu ainda prefiro estar me derretendo nos teus abraços ao invés de ficar enfiada em casa, pensando no que poderíamos ser. Eu odeio planejar, sabia? Sei que sabe, odeio todos aqueles nossos planos, promessas e sonhos. Porque, lá no fundo, eu sabia que nunca iriam se realizar, sabia, mas insistir em continuar. E veja só, veja só o que nos tornamos. Acabou, amor, acabou. Sei que dói, tanto em mim, quanto em você. Mas eu não consigo ver, não consigo enxergar o que não deu certo. É assustador e impressionante como as coisas mudam em tão pouco tempo. Há um tempo atrás, você estava aqui, lembra? E eu morro um pouco mais toda vez que relembro o que passamos. Eu fico aqui agoniando por você e não te encontro. E isso me faz morrer, na teoria. É melancólico e soa como drama, mas nunca fugiu da realidade. Não preciso das rosas, não preciso de uma cena romântica de filme, mas eu preciso de alguma coisa, alguma prova de que você sente a minha falta, qualquer coisa. Uma vez eu ouvir em algum lugar "talvez o amor tenha que ter limites". Mas no fim, ninguém sabe de nada. A física diz que tudo depende do referencial, e é a mais pura verdade. Mas, sabe, é complicado. Talvez o que tu sinta, sejas diferente do que eu sinto por ti, não sei. Nós sentimos o amor, mas não conseguimos explicá-lo. E nunca conseguiremos, não importa quantas vezes tentemos, quantas palavras complicadas aprendemos, quantos livros lemos. O amor é mais antigo e mais sábio que todos nós juntos. [Half of my heart's got the right mind to tell you that] Eu deveria ter me acostumado com as decepções seguidas que tu me provoca, mas não […] Eu sempre penso que vai ser diferente, sempre penso que tu vai mudar, vai sentir a minha falta, vai dizer o que sente. Por que insiste em me tortura deste jeito, moço? Por que não me mata de uma vez? Mate o que sinto por ti, mate logo, por favor. Diga às palavras que preciso ouvir e eu vou embora, vou embora e não volto mais. Mas não, você insiste em me reduzir a pó e deixar um pouquinho de esperança para eu me recompor, tentar de novo e ser reduzida a pó outra vez. Isso está se tornando um ciclo vicioso, sabe? Nós dois, nós somos, por um tempo fomos perfeitos um para o outro, mas não mais, não mais. Agora só somos resquícios do que fomos um dia, e continuamos nessa, você de fingir que nada sente, e eu de insistir em alguém que não vai se entregar. Desisto. Digo, desisto de tentar lutar por nós, desisto de tentar fazer-te mudar de opinião, e voltar, voltar pra tua garota. Não, tua garota não, porque não sou, não mais. Eu era, e eu odeio essa nova sensação de insegurança, odeio esse meu jeito de achar que não sou mais tua, mesmo sabendo que sou completamente tua, só tua. [I may not say the words as such, and though I may not look like much, i'm yours] Eu preciso de ti, apenas de ti e pronto. Ou então de um ponto final definitivo, chega de vírgulas, de reticencias, fim. É. Precisamos de um fim, ou de um novo começo. Às vezes creio que prefiro a dor à ter que te esquecer. Eu não quero outra pessoa, eu quero você e só você. E tu sempre soubestes disso. Me diga, me responda, sejas sincero, ainda existe um "nós" no meio desta confusão? Seu silêncio me enlouquece, e a minha vontade é de ir até aí. Perguntar-te cara-a-cara se podemos voltar a ser o que éramos […] mas não, cansei de implorar por ti, cansei, cansei, cansei. Então amor, eu te pergunto, sei que odeias essas minhas perguntas retóricas, mas gosto de perguntar-te, então, se sente mesmo o que dizes, por que não vem aqui e descomplica as coisas? [If you should smolder, I'll breath in your smoke] Por que as coisas não podem voltar a ser como eram? Era tudo tão bonito, tão colorido, tão animado, mas ultimamente sinto que estou vivendo em um filme feito em preto e branco. Eu, mesmo dando uma de durona, de forte, não consigo suportar essa minha dor, essa nossa dor. Eu acho que não lembro mais como era minha vida sem você, antes de você chegar, você me cegou, eu não lembro mais do meu passado, antes de ti. Acho que simplesmente percebi que a minha vida era muito entediante e repetitiva antes de você aparecer, e percebi que de uma forma ou de outra, eu preciso de você, e tenho medo de você não precisar de mim da mesma forma. Eu te perdi, amor, mesmo nunca te tendo. A grande verdade é que sou uma grande miserável sem você. Eu não consigo substituir a falta que você provocou, e você sabe que eu já tentei. Já tentei conhecer pessoas melhores que você, já tentei de tudo, amor. Mas não consigo. Mas depois de um tempo eu acabei percebendo que isso não ia acontecer, não tem como te substituir. É como tentar encher um coração que já está cheio. Porque, você sabe, era exatamente isso o que eu estava tentando fazer, preencher um coração já cheio. E cheio por você. Você me deixou fraca, amor. Me deixou medrosa, pequenina, frágil como um cristal. [And I'll be so alone without you, maybe you'll be lonesome too] Estou presa em um meio termo que acaba comigo. Você sabe muito bem que a coisa que eu sempre detestei são os talvez da vida. Você pregou uma peça em mim, não foi? Mas advinha só? Cansei, desisti, larguei o barco. Só você que não consegue enxergar. E eu, de certa forma, eu deveria largar de uma vez, e não ficar nesse meio a meio enlouquecedor. Eu tento me controlar, juro que tento, mas essa coisa é mais forte que eu. Nunca fui impulsiva, mas me tornei assim. E foi por tua causa, tu que me tornou assim, e me desculpa, desculpa mesmo. Meu Deus, o que diabos estou fazendo? Uma voz diz na minha cabeça "você está fazendo isso para ver se ele te superou mesmo, se ele te esqueceu, se ele está amando outra garota." Engraçado como tudo pode mudar e continuar o mesmo. Chega a ser irritante as vezes, eu gostaria que nada, absolutamente nada, tivesse mudado. Como eu queria. Uma pena que não quisestes o mesmo. Mas a realidade nunca é como eu gostaria, e deve ser por isso que estamos assim, distantes. [If you lock the door,I'll back to come in] Eu deveria aprender a não me entregar tão facilmente, mas tudo é muito complexo e duro para resistir, quando se trata de você. Você se vai e eu me vou também. [Because when you go, also a part of me is gone] E quando um outro alguém vem me perguntar como eu estou, eu falo que está tudo bem, normal. Nossa, eu mentindo pra mim mesmo e para os outros. E o pior, não é quando isso acontece. É quando uma notícia um tanto que satisfatória chega até à mim e eu me finjo feliz, então eu digo para os outros que estou ótima. Realmente, eu não consigo me achar. Parece que meu mundo está diminuindo. Entendeu? Porque parece que você está indo embora cada vez mais. E sem querer deixar marcas, mesmo deixando. E eu vou indo também, sem direção. [And a perfect rainbow never seemed so dull] Porque tudo tão rapidamente, de uma certa forma devagar por culpa da dor, claro, se alterou. Quando eu pensava em te ver, em te abraçar, eu me deparava comigo mesmo olhando pra baixo e sorrindo. Quando eu conversava com alguém por um longo tempo e não falava de ti, eu sentia algo errado. Mas era você que não saía dos meus pensamentos, todo o tempo, amor. Eu tentava achar formas de te agradar, mesmo que você não percebesse. Mas amor, quando você até notava… ah, você não se surpreendia. Talvez um pouco, talvez. E de tudo isso que eu sentia e sinto por você, e até do que eu realmente não sentia e sinto por você, o mais deplorável era que eu sei que em tempo algum foi retribuído. Como uma garota que chora no final de uma festa porque o cara por quem ela é apaixonada, quer outra. Então, o choro toma conta do lugar porque alguém sussurra no meu ouvido apenas dizendo "não é, e nunca foi recíproco".

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