Eu queria te contar um segredo, bem baixinho no seu ouvido: não há ninguém como você. Nunca houve, nem no meu passado, nem no meu presente. Os olhares que me cercam não têm o mesmo brilho que seus olhos e os beijos não têm o mesmo sabor que seus lábios. Você por um tempo conseguiu acabar com todos os meus traumas e medos. Mas agora, todo o passado é só uma lembrança embaçada e sem graça de uma vida sem você. Toda essa complicação deu espaço pra essa coisa boba de ser feliz por nada. Quando me deito e encosto minha cabeça no travesseiro, logo vem àquela vontade de te abraçar, sentir o seu cheiro. Pego o celular e disco seu número e logo em seguida desligo, falta coragem pra completar a ligação. Eu nunca serei do tamanho suficiente pra preencher seu ego. Suas expectativas estão em um patamar diferente das minhas e eu não irei alcançar. Então não me enforco mais, pois tenho a consciência que levantar voo para chegar ao seus pés, resultará em um tombo fatal quando a gravidade e a realidade me puxarem de volta para o chão. Aprendi que quando você perde alguém, cada vela, cada oração, não vai mudar o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco, onde alguém que você se importou costumava estar.