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quarta-feira, 3 de julho de 2013

 E todas as vezes que alguém partia, não restava nada. Não sobrava nem ao menos um pingo de felicidade. As emoções se fundiam com a dor, e cada lágrima derramada era um grito de silêncio. Um grito que não saia, uma dor não sentida. O impacto era brutal, mas o falecimento dos meios era o pior. Quer dizer, tudo era o pior. Não havia nada de melhor ou meio termo. Nunca houve. A propícia de um ser, era não crer. Em futuros brilhantes, momentos e lembranças, tudo ia por água abaixo. Sonhos jogados fora, memórias perdidas na imensidão de toda dor jamais sentida. O momento inicial era uma enxurrada de tudo um pouco. Era intenso, tortuoso, difícil. Mas nunca foi fácil para ninguém. Cada alma que se esvaia, era uma saudade que ficaria. Criava-se ilusões e esperanças que não poderiam ser cumpridas. Promessas que seguiam o rio das discórdias e daquele não amar. Falecia eu, em meio ao tudo. Ao todo de tudo isto, e ao tudo daquele nada. As horas passavam e os dias também. Mas nada, nem ninguém apagavam aquela saudade e a falta que cada um trazia. Não se existia substituições, apenas mais um, para amenizar a dor que lhe causava todas as manhãs sobre aquela perda, entre mil e uma outras que estavam por vir. Inclusive a sua. A sua própria perda enclausurada em seus maiores medos. O medo de ser esquecido, e ser somente mais uma lápide em um cemitério qualquer. Ser somente mais um “corpo" em meio a tantos outros. Somente mais uma lembrança que ficou, mas não foi lembrada. Não marcou, só existiu.

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