Quem dera eu, conseguir ser eu novamente. Quem dera eu, conseguir ponderar normalmente. Quem dera eu, conseguir sair do meu mundo de porcelana. Quem dera eu, conseguir respirar um novo ar, num novo tempo, no mesmo coração. Que já habitou tanta gente, perdeu muitas outras, e que tanta gente amou. Quem dera eu esquecer de vez minha tristeza ou ser feliz junto com ela. Quem dera eu não me magoar por não conseguir o que eu quero. Quem dera eu ter sempre perto de mim, as pessoas que eu amo. Quem dera eu, não conseguir fazer tanta bobagem. Quem dera eu sorrir de verdade. Quem dera eu, não mais esperar nada em troca. Quem dera eu, voltar a ser quem eu era antes. Mas quem era? Acho que ainda não me defini, ou me esqueci. Mas e a essência? Continua aqui, de alma lavada, limpa, pouco remendada, sem molde. Mas estou de pé, mesmo com tantos motivos para cair e permanecer ali, no erro, no medo. Estou de pé, para segurar aqueles que fraquejam, mostrar que viver na tristeza não é o melhor caminho. Que a felicidade dá na estrada certa. Que o amor supera qualquer coisa. E que a fé? Ah, a Fé, é tudo aquilo que te mantem de pé, quando o mundo ao teu redor desmorona, quando não tem ninguém pra te estender o braço, quando parece que aquela dor não vai passar, quando você acha que deve permanecer alí. Ela te busca, te revigora, te revive ou vive pela primeira vez. Deixa ela entrar, deixa o seu eu sair, deixa viver, deixa sobreviver, deixa sentir, deixa sofrer, deixa amar, deixa chorar, deixa sorrir, deixa pedir.. Pedir pra você lutar, lutar por aquilo que sempre sonhou, aquilo que você acha e sabe que é o melhor pra você. Caiu? Levante, não vale a pena ficar ai, aonde você está. Te ajudo se precisar, grita meu nome, irei correndo. Mas não permanece no erro. Deixa amar e ama em dobro de volta, deixa ser feliz e seja mais feliz ainda por fazer alguém feliz, deixa chorar, e chora junto pra lavar a alma. Pra limpar o corpo, o rosto.
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