Todos
os nossos pensamentos e atitudes são como uma encomenda anônima que a
gente faz pro destino. Inconscientemente, queremos que nossas ações
desencadeiem uma série de acontecimentos cujo roteiro já foi definido
na nossa cabeça. Antes dos 10 anos a gente aprende: não é assim.
A
gente costuma achar que o mundo inteiro pensa da mesma forma que a
gente. A gente costuma achar que somos amados pelos mesmos motivos pelos
quais amamos. Mas se as rosas que eu jogo ao vento te ferem como
flechas, de quem é a culpa? Minha que não é.
Por
essas e outras é que as pessoas vivem doentes, na incessante busca
pelos 100% de satisfação. A gente apelida essa utopia de ‘amor
perfeito’, de ‘amor de verdade’ e de inúmeras coisas, como se o amor –
puro e simples – não fosse o bastante. E o amor – simples, sem adereços –
já é tão complexo, tão raro, que muitos que conheço já se aproximam
dos 30 sem saber o que é.
A
gente ama e, inconscientemente, encomenda um amor igual. O que nos
bate a porta não é menor, não é pior, é diferente. É o amor que um outro
alguém construiu, esperando receber em troca um espelho do que sentia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário