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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O céu… Aberto, sem nuvens; um ponto amarelo no meio do azul, o sol. Era a seca. Andava, sem rumo, pela terra rachada e vermelha (como seus pés) que se extendia além dos limites da vista. Não tinha água nem para produzir lágrimas… Sofria. Sede, fome, saudade da vida; mas não mostrava, era bruta… Ou tentava não mostrar. Mesmo bicho, capotou como uma carcaça seca. Sem forças restantes para levantar, lá permaneceu, esperando os abutres irem devorar seus olhos, um dia tão azuis.

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